A minha vida sempre foi assim: cheia de encontros e desencontros - a ironia da vida no seu melhor!
Desde que me lembro, estive sempre "de partida" perante quem "chegava"... isto não é mais do que tenho para dizer - seja qual fôr o contexto ou perspectiva...
Numa visão prática da coisa....Em pequena despedi-me do Brasil ainda muito cedo... deixei pequenos amiguinhos que jamais encontrarei o rasto - e pensar nisto faz parecer que foi já numa outra vida (pffff!).
Já em Portugal, muito cedo também, me despedi (pela primeira vez) de Leça da Palmeira... Já no ensino preparatório conheci Gaia, da qual me despedi (pela primeira vez) no secundário.
Reencontrei o Brasil... não as pessoas, mas sim o país... Pela falta de entrosamento com tudo e mais alguma coisa - depedi-me outra vez do país canarinho. Adolescente - queria apenas o meu mundinho e as minhas pessoas, o lugar onde o cresci e que reconhecia como sendo meu.
Reencontrei depois Portugal - reencontrei mais precisamente Leça da Palmeira - encontrei e reencontrei pessoas que ainda hoje fazem parte da minha vida (felizmente)... Alguns remetem-me aos meus 7 e 8 aninhos de idade, imaginem :) Mas ainda nesta fase da minha vida, não só geograficamente estive "de partida" para quem "chegava", mas também sempre de malas feitas e pronta para partir perante os que a mim chegavam... Aquilo a que realmente chamo desencontros da vida, mas que não vejo como tal (recuso-me).
Reencontrei Gaia... Mais reencontros...
Geograficamente foi precisamente assim... Uma atribulação de casas, escolas, cidades e até mesmo países... Reconheço que não é de todo habitual, mas falamos de uma experiência.
Para já estou aqui... até quando? Hm... Veremos!
Numa visão mais elaborada da coisa...As pessoas... essas com uma maior velocidade entram e saem da minha vida - e nisto deverei eu reconhecer que não tenho mãos a medir com as surpresas que ela me reserva.
Tenho amigos em que as histórias de encontros e desencontros são simplesmente unicas - algumas cómicas, outras dramáticas, outras ainda caricatas e outras que chamo "do além".
Serei aqui um pouco assertiva: para todos os desencontros que converteram em encontros, toda a minha admiraçao e respeito. A opção, ou força de circunstância que levou ao desencontro e posterior encontro conotam uma convergência... Remete-me à capacidade que todos nós temos de andar para a frente, ultrapassar os obstáculos, crescer, conhecer, aceitar, aprender, evoluir... Isto sendo o mais genérica possível de forma a incluir todos os casos possíveis e imaginários.
Serei agora ainda mais assertiva: para todos os encontros que converteram em desencontros, o meu respeito mas sem dúvida a minha indiferença. Compreenda-se que o meu conceito de vida implica o hoje, o que está presente... Quem saiu, seja porque motivo fôr, já comigo não caminha ou já comigo não se cruza... Diria mesmo perda de tempo pensar nessas situações - aplico aqui o conhecido do "foi bom enquanto durou" ou um "olha temos pena".
Reitero que continua a ser uma experiência de vida... a minha perspectiva... a minha forma de pensar e ver... E no momento não encontro excepções a "estas regras".
Cada dia que vivo e talvez inconscientemente sou mais exigente, mais egoísta, mais critica e talvez menos tolerante. Vivemos dias rotineiros (pesados diria) e quando paramos queremos que de facto o nosso tempo seja rentável! Não encontro outra palavra... O desgaste fisico e psicologico deixo-o para o meu dia a dia de trabalho, sendo que cultivo o meu lado pessoal (e os meus laços pessoais) quando "paro"! Perder tempo ou aborrecer-me não poderá fazer parte disso!
Agradeço portanto a todos os que conseguem ainda hoje caminhar comigo... e que de alguma forma me reencontraram no caminho... Existem alguns que de facto são pérolas na minha vida - mais preciosas são ainda aquelas que tenho vindo a limar nos últimos tempos (fruto de desavenças e atritos do passado).
Não gosto de atribulação - mas sei que 2 pessoas quando interagem têm inevitavelmente conflitos e atritos ou no minimo choque de opiniões - a capacidade de os resolver e ultrapassar é que são o segredo.
Não sou também narcisista - mas uma amizade ou até mesmo relação sem um belo abanão, sem um não ou sem um "mas"... pa... é sopinha sem sal ou no minimo de se desconfiar. Acredito que sim!
Gosto incondicionalmente de todos os "meus" com as suas qualidades e pancas... com tudo aquilo que me tira do sério e que me faz querer "partir pratos" - se eles não fossem assim, eu NÃO gostaria tanto deles! :)
Estranho quando pensamos nestas coisas...
A ouvir música então, uma porta para o divagar da coisa... Mas é mais ou menos assim - aposto que saiu algo um tanto confuso ou whatever... Mas o album dos Placebo aqui a tocar ainda consegue me tirar um pouco da atenção... até porque estou prestes a vê-los... weee... mas va, isso são outros 500 e não temos tempo agora :)
Viva aos encontros e desencontros da vida :)