domingo, maio 24, 2009

Parabéns Bunny :)


De todos os presentes que "ganhei" nesta vida, o que mais amei até hoje - parte da minha família agora e sempre!

Quando 11 anos atrás, no Rio de Janeiro, cismei, junto com o meu irmão de que teríamos que pedir aos nossos pais um cão, não sabiamos minimamente o tamanho do nosso pedido.

Mas ele veio... lembro como se fosse hoje...

Julho/Agosto 1998... Ipanema... Avenida Brasil... Não estava propriamente um dia de calor dado que estavamos no Inverno. Chegou de manhã cedo... quando digo cedo, seria certamente cedo - os cariocas começam as as aulas as 7:00 da manhã sendo que o dia amanhece e começa bem cedo comparativamente a Europa - não arrisco dizer que horas seriam, mas sei que a minha mãe estava ainda deitada.
O porteiro ligou para o apartamento a dizer que estava alguém para entregar o cão - o meu irmão desce com o meu pai. Eu, lembro-me bem, fiquei a dar saltinhos de alegria, a espreitar pela janela e coisas do género... Depois abri a porta de serviço e desci as escadas, virei para a minha direita e segui para a entrada social do prédio - ainda considerei ir pela minha esquerda e seguir a entrada de serviço (normalmente por onde entram as pessoas quando chegam da praia, compras... onde fica a garagem e onde entram os animais,). Mas não, ouvi vozes na entrada social e espreitei... Era um corredor (salão?) amplo, branco, cheio de claridade... as paredes e o chão eram revestidos se não me engano de mármore branca (as fachadas e interiores dos prédios no Brasil conseguem ser de uma beleza e bom gosto único) - existia também ainda mais para a direita o jardim interior do prédio, logo um local bastante iluminado. Desviei o meu olhar em direcção ao som e consequentemente para a entrada do edifício... No meio do branco e da claridade, com a praia de Ipanema como cenário de fundo, vi o meu pai junto do meu irmão e aquilo que se afigurava serem as feições do nosso cão - retenho esta imagem também até hoje. Não me aproximei - esperei! Entregue o cão, hoje Bunny, começam a vir em minha direcção... aquele entusiasmo começava a explodir aqui dentro a ansiedade de o ver, de lhe pegar...

Foi assim a primeira vez que te vi, ao colo de um deles, pequenininho... todo pretinho. Nada confortável e com aquele ar "quem são estes??" - peguei-te ao colo pela primeira vez já em casa e rompi pelo apartamento em direcção ao quarto dos meus pais - "mãe mãe... chegou"... Enquanto entrava pelo quarto e deixava o cão em cima da cama ao lado da minha mãe - ela olha para o cão pela primeira vez e sai-lhe o "ai que ele é tao grande" - ela nunca tinha propriamente aprovado a ideia de ter um cão.

O teu primeiro dia no apartamento esta-me gravado na memória... ainda que quase 11 anos depois...

As primeiras interacções... a choradeira da primeira noite e seguintes... Tanta coisa...

O meu cão, não por ter vindo do outro lado do mundo ou coisa parecida... mas talvez por ser meu... é-me particularmente precioso. Gosta de mim! Suspira comigo quando o dia corre mal... Espeta-me aquele focinho húmido no meio da cara quando estou armada em parva e a deixar a vida passar-me pelas mãos... Faz-me acreditar todos os dias que a vida é fácil e que precisamos de muito pouco para sermos felizes - relembra-me dos sentimentos que realmente são importantes e aqueles que realmente não são - um professor em muitos momentos na minha vida :)
Sabe e sente muito muito mais do que aquilo que nós consideramos possível.

E tem o melhor olhar do mundoooooo!!!

Fica aqui o meu post babado para o meu cão!
Parabéns amigão!!!

Sem comentários:

Enviar um comentário