sábado, dezembro 04, 2010

momentos KODAK

Este post, só com esta música, esteve em "rascunhos" durante uns meses (02/05/10)... No entanto não deixa de ser a altura apropriada para o publicar - com uma margem segura de tempo, que comprova algo que estaria já bem visível na altura.


Já não lembro bem em que contexto... ah sim, fomos tomar um café ao Pipa Velha, eu e um amigo meu. Prática habitual durante um certo período de tempo.
Achava curiosa a persistência dele em querer tomar cafés comigo. Mas depois de recusar 1027 vezes e até deixar de ter uma resposta convincente, comecei a ir.
A persistência tinha de facto fundamento, a conversa sempre foi boa. Adoro até hoje, apesar de andar afastada de muita coisa recentemente, o entusiasmo como me contava as coisas. Coisas banais, as pequenas coisas da vida, mas cheias de vida, que acredito plenamente serem as mais difíceis de transmitir a muito boa gente.

A nossa empatia sempre passou um pouco por aí... O conforto em ele poder ser a pessoa que é, a criança aliás, sem camuflar nada. E eu, bem... eu sabia pelo menos o artista que tinha a minha frente e não tinha qualquer expectativa. Facilmente me fazia saber rir... Com mensagens a meio do meu trabalho, ou quando me ligava fora de horas a dizer "olha estou a compor uma coisa nova, ouve!". Ou então facilmente sabia como me deixar bem atrapalhada quando eu chegava a qualquer lado e largava o que fosse para me vir dizer olá!

O que me dá mais gozo neste momento deixar aqui escrito para já é que, apesar de todos o criticarem por isto ou por aquilo... whatever... NUNCA perceberam que aquele maluco, que de maluco não tem nada, vive a vida melhor que muitos de nós, foi uma pessoa que REALMENTE me conseguiu ver, assim em "dois tempos".

Nesse mesmo dia, perdemos um pouco as horas no café, ele ia ainda para a casa da mãe em Rio Tinto. Obviamente que não me custava nada dar boleia e assim insisti e fiz. Associo a música a esta viagem... ouvia este CD. Não vou esquecer jamais, em conversa solta, entre outras coisas, em que me disse que admirava esta minha forma de encarar certas coisas - na altura um pouco desconfortável pela constatação. Sabia aqui já um pouco do meu percurso, muito pouco, mas provavelmente o suficiente. Disse-me de uma forma crua e objectiva "Tu devias apaixonar-te!!" mas logo de seguida, provavelmente por interiorizar a informação e por experiência própria, recua e diz "E olha que daí não..."


Não sei porquê, achei linda esta conversa que tive na altura. Ter ali alguém, que me conheceu num contexto diria até mais boémio, valorizar justamente a simplicidade e ao mesmo tempo a radicalidade que aplico a determinadas coisas.

A música, ora... foi a música que ouvi repetidamente a caminho de casa... Com a cabeça já longe e talvez a fazer a mim mesma as perguntas que são cantadas na música. :)

Momentos KODAK... ahahah


Ah!
Hoje o meu amigo está noivo! Com alguém que realmente acredito completar tudo o que sei que procurava.
E eu, eu experimentei o meu "E olha que daí não...". Conheço cada vez mais e mais sobre mim mesma e tenho um respeito e uma admiração por mim mesma jamais visto!






love it... more then never!

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