Carta ao Pai Natal

Querido Pai Natal,

Sinto-me no direito de ainda te escrever uma carta, aquela criança que tenho dentro de mim continua aqui e recuso deixá-la ir embora!

Como me portei eu este ano?
Ora... com a "prenda" que me deste ano passado... por sinal antecipada e que eu nunca quis ou alguma vez pedi... posso te dizer que comecei 2008 da pior forma possível! E fi-lo por uma questão de sanidade mental - bebi tudo que tinha a beber, saí tudo o que tinha a sair, procurei substituir algo q não é passível de substituição, magoei pessoas, magoei-me ainda mais, bebi ainda mais... Perdido por 100, perdido por 1000...
Ou seja, 2008 não foi dos meus melhores anos... mas também não foi dos piores.
Apartir de certa altura apercebi-me que a prenda não foi "oferecida" mas sim "merecida" na altura... Então comecei a quantificar o quanto realmente poderia ter perdido e quanto estaria a ganhar - ganhei mais do que conseguia na altura ver. Não foi de um dia para o outro, mas certamente ganhei experiências para a vida e subi uns quantos degraus... No entanto foi preciso perder algo que só eu hoje sei como valorizar. Ao mesmo tempo aprendi também a valorizar outra coisa, eu mesma!

Portanto, todos queremos isto ou aquilo no Natal... Ficamos cegos com prendas, ou aquela prenda...
Este ano não... não quero prendas!
Passamos a vida a dar prendas a pessoas que não conhecemos e pior, que mal nos conhecem...
Adoro dar um presente... mas principalmente que quem o receba consiga interpreta-lo... Que sinta que foi especialmente escolhido para ele/ela, por este ou aquele PORMENOR...
Mas como inserir pormenores se as pessoas não se dão ao trabalho de se conhecerem???

Não quero prendas! Já disse...
Este ano vou aumentar a fasquia... Vou pedir algo que parece simples, mas que nos dias de hoje é impossível:
-Oferece-me o melhor sorriso...
-Um bom dia acolhedor ao acordar...
-Um boa noite aconchegado ao adormecer...
Coisas sinceras, sentidas... O Natal inspira a familia... A sentirmo-nos em casa... Pois se há algo que eu gostaria de receber nesta altura é isso - um gesto sincero de afecto, como um abraço. :) Não há melhor forma de nos sentirmos em casa senão atráves de sentimentos e acções genuinas.
E acho que estou a altura da prenda... comecei mal o ano, mas terminei com a lição mais que aprendida!

Tambem se não estiver, olha.... que se lixe... é a última carta também que te escrevo!

Bejinhos
Xanda

ps - um ovo kinder pronto... gostava :) pa quebrar a monotonia da chupa chups!